segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Políticas Públicas e Educação

Políticas Públicas e Educação

Leni de Souza Barros

A educação remete à figura da escola e a escola é uma instituição social, ou seja, está dentro da sociedade. E tudo o que acontece na sociedade interfere na escola, mas deveria ser o contrário, trabalhar na escola o que se pretende obter em comportamentos na sociedade.
Para tanto, segundo Pablo Gentili (2007), há que se fazer uma ressignificação da educação para vislumbrarmos uma solução às questões da educação para todos. No entanto, é necessário distinguir a educação da escolarização. Pois, letramento não é educação. O que necessita é: a) Formar cidadãos responsáveis. Sendo que ser cidadão implica na relação com a coisa pública, assumindo cada qual com as suas responsabilidades no tocante ao seu papel ativo dentro da sociedade. Atualmente há ideologia de individualização exacerbada que podemos caracterizar como uma formação de idiotas (aqueles que apenas se preocupam com si próprios); b) Formar consumidores inteligentes, capacitados para discernir o que realmente se deve consumir ou que necessita realmente. Pois, os meios de comunicação nos dizem o que devemos comprar, como devemos nos comportar, como devemos amar, exercem uma influência direta sobre o ser humano. c) Formar trabalhadores competitivos capazes de interferir na sua comunidade e sociedade. Mas, o que se percebe é que a teoria é completa e bem elaborada, mas está longe da prática educativa. Em vez de convergir, teoria-prática, se divergem.
Se não entendermos o que se passa na sociedade, seguiremos com a ritualização, que produz, segundo Cristina Coraz e Ignacio Lenkowitz, o que chamam de pedagogia da burrice. A maior parte do aprendizado é 70% social e 30% pedagógico, ou seja, educação e escolarização.
A autora Katarina Tomazeviski (2004) escreve sobre “O assalto à educação”, que é tirar da educação o que é própria da educação, a capacidade de formar seres pensantes e críticos, cidadãos participativos que não se conformam com as desigualdades sociais, com um sistema que culpa a pobreza pelos problemas educativos.
Já o autor Humberto Maturana questiona: O que é a educação? Retrata a educação como uma tarefa central na configuração, formação e sentimento de pertencimento de um país. Faz-nos refletir sobre o tipo de país que queremos, a convivência que queremos, e que direito determina como fazemos a educação como país.
Sem uma política pública não há uma educação que alcance o seu objetivo. As políticas públicas incluem uma multiplicidade de disciplinas, como ciência administrativa ou como gestão. Para entendermos sobre as políticas públicas precisamos falar de “poder fático”, ou seja, o poder de quem impõe a ordem. Representa os empresários comerciais, industriais, que exercem influência no poder político, o que se pode perceber que antes se falava de política que sobrepunha à economia, mas agora é economia que sobrepõe à política, porque a economia é que financia e maneja a política. O que caracteriza uma triste constatação.
De que modo as políticas públicas determinam: a política, as instituições e o Estado? Podemos analisá-los da seguinte forma:
- Como Estado de direito, que pode ser vista como uma ideologia ou liberalismo, ou ainda como garantias individuais de liberdade. Formas de garantir a liberdade do cidadão através do direito, que se manifesta nas leis, caracterizando-se pela formalidade jurídica;
- Como Estado social de direito, que se baseia não apenas na formalidade da lei, mas o Estado deve realmente garantir o cumprimento efetivo dos direitos. Se reconhece que o cidadão tem necessidades materiais que devem ser satisfeitas, não que a lei digam mas está implícito. Por isso existem os subsídios para que as pessoas possam ter o que necessitam (ex. bolsa família).
Podemos entender a política pública como a ciência do Estado em ação, como um meio de transformação da sociedade, para tanto é fundamental ter uma visão política. A palavra política já implica em algo público e, se é público, implica em sociedade, social, para todos. E, redefinir o papel do Estado e da sociedade, devido ao fenômeno da mundialização ou globalização, cuja característica é a incerteza, que causa impacto mundial, como o petróleo e os acordos que afetam o desenvolvimento de cada Estado. Felizmente ou infelizmente, o Estado é um mal necessário devido à organização social política de cada país, é inevitável. Necessitamos do Estado para haver uma regulamentação, organização social e política, que irão interferir em elementos centrais como as políticas públicas. Estas, por sua vez, possuem características como: a) Implicação do governo (a que se compromete o governo, quais suas prioridades, a ideologia do partido). b) Percepção de problemas (como se percebe as questões sociais e porque se consideram problemas. Ex.: a situação de pobreza, não percebe a pobreza como um problema estrutural, alguns pensam que crianças pedindo dinheiro nos sinais de trânsito é normal). c) Definições de objetivos (se deriva da percepção dos problemas, se não identifica os problemas não têm objetivos ou elabora objetivos fora da realidade). De que maneira quero solucionar os problemas. d) Definições de processos (quem iremos atender com as políticas públicas? Programas de assistencialismo).
As Políticas públicas também podem ser o campo do conhecimento que busca analisar a ação do governo, sobre problemas sociais e não sociais, analisar e propor soluções para a sociedade, ou seja, observar o governo em sua ação. Onde tem poucas políticas públicas tem muito problema. É unir sempre o todo e as partes. Importa os grupos, as ideologias, as pessoas, etc. Podemos caracterizá-las como: campo de atividade governamental; propósito geral a ser realizado; situação social desejada; proposta de ação específica; norma para determinada problemática. Tendo como formas do tipo: institucional (secretarias, subsecretarias, setores) quem manda em quem, pois precisa de organização; Decisória (precisa permanentemente tomar decisões que provém de um desejo – do político, das categorias, das comunidades); comportamental (política é um curso de ação e não apenas um decisão singular); e causal, produto de uma ação, e do que não fazemos.
Alguns tipos de políticas públicas: a distributiva, regulatória (que são visíveis ao público), a redistributiva, e a constitutiva (procedimentais).
Os ciclos das políticas públicas podem ser: Agenda (trazer à tona discussões que antes estavam adormecidas, têm coisas que vem para agenda, mas não se tornam políticas públicas. Ex.: armamento, homofobia, pedofilia); Elaboração (elaborar leis que regulamentam tais problemáticas); Formulação (as campanhas para acabar com o analfabetismo no Brasil é um fracasso); Implementação (começa a implementar mas não consegue dar acompanhamento e fazer uma avaliação. Precisa rever o curso de ação); Acompanhamento; e, Avaliação.
As políticas públicas são constrangidas porque depende de fatores de contexto, de suporte, políticos, sociais, econômicos, estrutura de financiamento. São recursos para dar cidadania às camadas mais pobres da população. Enquanto que, políticas sociais, são formais mais ou menos institucionalizadas, tem como base o direito ou os direitos adquiridos e é uma forma mais abrangente de proteção ao cidadão (ex.: carteira assinada, FGTS, direito à saúde); ela promove, protege (ex.: aposentadoria) tem medidas transversais como o papel da mulher na sociedade, a igualdade racial, os idosos, etc.
O contexto mundial do cenário educativo para entender quais as decisões mais importantes tomadas para a educação na América Latina: A educação como uma decisão política. A Educação se caracteriza por quatro processos: 1) A dimensão política: que é uma questão ideológica, modelos de sociedade e de cidadania. Onde a ideologia tem como finalidade um modelo de sociedade, que é formada de várias características, e de pessoas. A política vem antes do pedagógico, porque é na política que se decide sobre o que fazer no âmbito pedagógico; 2) Dimensão epistemológica: conhecimentos disciplinares, pensar no curriculum (caráter científico). Antes, os conhecimentos, de caráter científico, eram renovados a cada 150 anos, depois se passou a cada 50 anos, hoje é a cada 5 anos e, existe uma previsão para 2020, que isto aconteça a cada 73 dias; 3) dimensão pedagógica: Como? Ensinar e avaliar? Essa dimensão pedagógica é que faz a diferença na aula. Quais textos escolares serão utilizados em sala de aula; 4) dimensão da prática educativa: a educação percebida como um direito e não uma inversão, dever da sociedade e direito do Estado.
De acordo com BETANCUR (2008), algumas reformas chave devem ser definidas para haver uma transformação nas reformas educativas, desde a década de 90 na América Latina. São elas: outorgar maior prioridade governamental com o gasto educativo, pelo seu impacto no desenvolvimento econômico e na redução da pobreza; promover a equidade na educação básica (sem discriminação); autonomia financeira das instituições, apoiada em medidas tal como custos compartilhados com a comunidade local.
O Estado tem uma relação com o cidadão para garantir um nível mínimo de vida que está relacionado com alimentação, moradia, saúde, educação, trabalho, etc. Este é o marco do direito social. Mas há as crises do Estado de bem estar: redução dos gastos públicos, onde as principais recomendações do novo gerenciamento público são: finalidade, objetivos, indicadores e efetividade; recursos; competência interna; estilos de gerenciamento; e disciplina no uso dos recursos públicos.
Há que se pensar se: É possível concertar as políticas educativas? Quando intervêm interesses, ideologias, implica-se em consenso, acordo, em negociação. Não existe gestão (isto implica em aplicar os conhecimentos), mas sim governabilidade educativa (com os pais, com os alunos, com os professores que se caracterizam nos distintos atores, assim como os políticos, autoridades educativas, docentes, estudantes, tutores, etc.). Nem sempre as duas dimensões educativas se articulam porque há uma tensão de caráter político e econômico.
A educação pública na América Latina não se caracteriza por um pensamento político ou pedagógico homogêneo, mas sim por distintos processos: congregação religiosa (CR), Estado (E), mixta (CR – E). Em âmbito pedagógico, onde os conteúdos escolares se caraterizavam por um forte contexto religioso, onde o trabalho e a disciplina se sustentavam num credo religioso. Daí a formação de moral urbana que se concretizou como uma conseqüência da negatividade da realidade rural, a educação era destinada apenas para os moradores das cidades e concentrada na elite.
            Assim, podemos concluir que a educação privada não existe. A educação é sempre pública porque tem sempre a figura do Estado regulamentando, impondo suas condições. O que existe são formas de gestão: estatal (pública – oficial) ou privada.
Nos últimos anos aconteceram muitas implementações de políticas públicas educativas, mas estamos longe de atingir um ideal para a realidade educativa brasileira, pois a educação é a base de formação de seres críticos e pensantes para a construção de uma nação forte, sólida e de grande potencial de desenvolvimento humano, profissional e tecnológico. Há, ainda, muito o que se fazer no que tange como saúde para o bem estar de todos; no saneamento básico como prevenção da saúde pública; na moradia, para que ninguém tenha que viver nas ruas, abandonados; na segurança devido ao grande movimento de êxodo rural para os grandes centros populacionais; na criação de políticas públicas de assistência aos dependentes químicos; nas políticas públicas de reforma agrária para uma melhor distribuição das terras; nas políticas públicas que garantem o acesso à educação superior a camada mais pobre da população, e muito mais.
Concordo plenamente com Edgar Morim quando enfatiza que a reforma educativa só terá êxito se houver uma reforma do pensamento. Não há mudanças exteriores quando a mudança tem que acontecer internamente em primeiro lugar. Assim, temos que analisar nossa cultura, o que somos, de onde viemos, o que queremos melhorar, para chegar a alcançar o objetivo fundamental da educação.

Bibliografia:
BETANCUR, Nicolás. Las reformas educativas de los años noventa en Argentina, Chile y Uruguay – Racionalidad Política, Impactos y Legados para la Agenda Actual. Ediciones de la Banda Oriental. Montevideo. 2008.

GENTILI, Pablo. Desencanto y  Utopía – La Educación en el Laberinto de los Nuevos Tiempos. Homo Sapiens Ediciones. Rosario. 2007

ROTH DEUBBEL, André –Noel. Políticas Públicas – Formulación, implementación y evaluación. Cómo elaborar las políticas públicas – Quién decide – Cómo realizarlas – Quién gana o pierde. Ediciones Aurora. Colombia. 2013.

O Neoliberalismo – por Antonio Gasparetto Junior, em
http://pt.scribd.com/doc/11337/Neoliberalismo pesquisa realizada em 17.01.14 – 19:33 hs.

 


TOMASEVSKI, Katarina. El Asalto a la Educación. Ediciones Octaedro. Buenos Aires. 2004.

Modelo de Gestão Educativa

             Modelo de Gestão Educativa

Leni de Souza Barros

Para definirmos um determinado modelo de gestão educativa precisamos, primeiro, ter plenamente esclarecido o que é uma instituição educativa.
A instituição educativa surgiu a partir de uma necessidade do ser humano que, vivendo em sociedade, percebeu-se quão importante eram desenvolver os conhecimentos formais, quanto os conhecimentos informais que são transmitidos pela família, cultura, costumes e o que se obtém através da convivência social. É na instituição educativa que se promove, em grande parte, a investigação, a dialética, os estudos científicos, além de organizar e transmitir os conhecimentos de geração a geração. Sem as instituições educativas o mundo seria mais frio, calculista, com seres mais individualistas, egoístas, solitários, desorganizados e, podendo até, chegar ao caos.
Como instituição educativa, entendo que é um lugar onde fomenta o ensino e a aprendizagem, a busca e a construção do conhecimento, a socialização e interação entre os indivíduos, o desenvolvimento cognitivo, social e psicológico do ser humano, culminando em contribuir para formar uma sociedade mais justa, com cidadãos críticos e pensantes, promovendo a igualdade social, a inclusão, a conscientização e a evolução do ser humano enquanto ser biológico, psicológico, social, apropriando-se cada vez mais das tecnologias à partir das descobertas oriundas da curiosidade e do aprender a fazer.
Na atualidade vemos que é de extrema relevância a manutenção e criação de instituições educativas devido ao grande crescimento populacional, o que exige e impera mais organização, mais conscientização, para vivermos em comunhão na sociedade. Não importa se a instituição educativa é de ordem religiosa, governamental, organização não governamental (ONG) ou privada, todas contribuem para uma evolução de pensamentos e ações que contribuirão para o progresso, compreensão da vida e descobertas de novas tecnologias.
Uma instituição educativa precisa ser administrada não como uma organização comum, pois seu papel é trabalhar com seres humanos, numa transformação contínua de pensares e fazeres que interferem na vida do indivíduo e da sociedade. Assim, o administrador tem que ser também, um gestor, para que não perca o foco da ação educativa e de promoção do conhecimento que se incumbe a instituição.
A seguir, veremos algumas concepções de autores sobre a administração escolar e gestão educativa.
O autor José Carlos Libâneo (2001) concebe a administração escolar de duas maneiras: a primeira, com enfoque científico-racional onde a organização escolar é tomada como uma realidade objetiva, neutra, técnica, que funciona racionalmente, fruto de um positivismo na revolução industrial; portanto, pode ser planejada, organizada, controlada, manipulada, diretiva e excludente. Este é o modelo mais comum onde adotam o organograma, a hierarquia de funções e é visível a centralização das tomadas de decisões. Geralmente, a ordem vem de cima para baixo, e quem está embaixo tem que obedecer.
A segunda maneira com que concebe a administração escolar é aquela que agrega pessoas, ou seja, deixa prevalecer a interação sócio-política. Neste sentido há uma participação ativa de pais, professores, alunos, docentes, discentes e comunidade, numa ação crítica e reflexiva que viabiliza uma gestão democrática na instituição. Portanto, mais humana, exploratória, utilizando de todas as potencialidades e capacidades dos envolvidos na instituição para que todos possam participar ativamente do processo educacional.
Já para Lucia Martínez Aguirre (2012), administração educativa e gestão educativa não são sinônimos. A primeira, tem enfoque financeiro e de serviços, tem como função planificar, desenhar, implementar um sistema eficiente e eficaz para alcançar o objetivo final do ensino-aprendizagem e tem como finalidade responsabilizar-se pelos resultados do sistema. Enquanto o segundo, a gestão educativa, faz prevalecer a união, o gerenciamento participativo, com um único objetivo “a educação”. Para a autora, a administração educativa utiliza um conjunto de recursos orientados para alcançar metas, para concluir tarefas num todo organizacional, metódico e calculista. Neste sentido, verifica-se uma forma burocratizada, objetiva e com foco organizacional o que me parece afastar-se do ponto de vista pedagógico que deve ter uma instituição educativa. No entanto, uma instituição educativa bem administrada tem como potencial um crescimento rápido e sólido devido à seriedade que lhe é empregada. A administração educativa, neste caso, não se envolve nas questões pedagógicas educacionais, mas sim com a contabilidade, consumo, material de subsistência, patrimonial, predial e viabilidade de negócios.
Todavia, não menos importante, é a gestão educativa que compreende a capacidade de administrar, gerir, gerenciar e coordenar pedagogicamente programas, projetos, pessoas (com diferentes ideias, projetos, desejos, expectativas), valorizando o indivíduo, não perdendo de vista o foco ensino-aprendizagem, a missão e a visão institucional. Percebe-se que a gestão educativa abrange todo o funcionamento da instituição e toda a administração dos pólos que mantém o funcionamento global que é uma instituição educativa. Visa a educação, a instituição, o ser humano, as questões financeiras, o patrimônio, mas sempre se levando em conta a participatividade, o companheirismo, a lealdade, a ética, a parceria, a amizade, a função da educação.
Fazendo uma analogia, a instituição educativa é como um corpo humano onde cada órgão necessita de outro para o seu pleno desenvolvimento, onde um não funciona sem o outro. Assim é a instituição educativa, necessita ser administrada (friamente), mas também, gerenciada de forma mais humana e criativa, revendo todas as possibilidades, probabilidades, analisando diariamente suas visões e missões para que todo o grupo possa estar envolvido em seu sucesso. É necessário que o administrador conheça as formas de pensamento e ação de seus subordinados, em decorrência das dimensões culturais que formam a sua personalidade enquanto pessoas e profissionais.
Um bom gestor de uma instituição educativa deve ser alguém que possua características como liderança, coordenação, visão holística, desinibido, estratégico, organização, cultura, criativo, capacidade de relação interpessoal e social, habilidade em administrar seus sentimentos e emoções a favor de seus projetos, ser ético e com consciência moral, prezando pela justiça e visando um bem maior que é o de fazer prevalecer a harmonia e o pleno curso das atividades em andamento na instituição.
Para Lück (2009), ao diretor escolar compete adotar uma orientação voltada para o desempenho das competências desse trabalho. Para ela o primeiro passo é ter uma visão abrangente do seu trabalho e do conjunto de competências necessárias para o pleno desempenho de suas atividades. O profissional da gestão escolar precisa definir uma lista específica de competências para poder avaliar diariamente o seu desempenho, como uma estratégia de automonitoramento e avaliação.
As competências que a autora se refere são de organização que dizem respeito a todas aquelas que tenham por objetivo a qualificação, a delegação, a administração financeira, controle e a retroalimentação do trabalho a ser realizado. Enquanto que as competências de implementação são aquelas desempenhadas com a finalidade de promover, diretamente, mudanças e transformações no contexto escolar e envolvem a gestão democrática e participativa, a gestão de pessoas, a gestão pedagógica, a gestão administrativa, a gestão da cultura escolar e a gestão do cotidiano escolar, com foco direto na promoção da aprendizagem e formação dos alunos, com qualidade social.
De acordo com o Centro Lasallista de Formación (2012) a gestão educativa é dividida em dimensões: dimensão administrativa financeira, organizativa operacional, comunitária, de convivência e dimensão sistêmica. O que demonstra o quanto engloba a especificidade do trabalho do gestor educativo. Há uma visão holística da realidade, ou seja, percebe a realidade como uma totalidade de integração entre o todo e as partes, mas compreendendo diferentemente a dinâmica e os processos dessa integração.
Concluímos que um bom administrador deve ser um bom gestor, assim como o gestor deve ser um bom administrador da instituição educativa, pois as duas funções se integram para que haja um bom desenvolvimento das atividades dentro de uma instituição educativa, visando, principalmente, o ser humano com todas as suas diferenças e qualificações específicas e individualidades que caracterizam o ser como único.
Como doutorandos, concebo está análise de extrema relevância para que nosso futuro seja pautado em ações que privilegiem a ética e a moral, o ser humano, como pessoa, e em sociedade, fazendo da gestão educativa um modo de transformar realidades para um bem comum.

Bibliografia

AGUIRRE, Lucia M. Administración Educativa. Red T. Milleniun. 1ª Ed. 2012.

Gestión y liderazgo en educación, Centro Lasallista de Formación. Diplomado: Liderazgo en la Institución Educativa Lasallista. Y en: pesquisa en 09.01.14, http://www.slideshare.net/omarhrojas/gestion-escolar

LIBÂNEO, José Carlos. “O sistema de organização e gestão da escola” In: LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola - teoria e prática. 4ª ed. Goiânia: Alternativa, 2001.

Lück, Heloísa. Dimensões de gestão escolar e suas competências. Curitiba: Editora Positivo, 2009.

Instituição Educativa, Administração e Gestão Educativa

Instituição Educativa, Administração e Gestão Educativa

 Leni de Souza Barros

A conceitualização dos termos Instituição Educativa, Administração e Gestão Educativa nos auxiliam na compreensão da função do doutorando que, por sua vez, irá atuar em instituições educativas, na função de gestor educativo, mas com tarefas, também, em administrar. Para tanto, faz-se necessário diferenciar estes termos.
Como instituição educativa, entendo como um lugar onde fomenta o ensino e a aprendizagem, a busca e a construção do conhecimento, a socialização e interação entre os indivíduos, o desenvolvimento social e psicológico do ser humano, culminando em contribuir para formar uma sociedade mais justa, com cidadãos críticos e pensantes, promovendo a igualdade social, a inclusão, a conscientização e a evolução do ser humano enquanto ser biológico, psicológico, social, apropriando-se cada vez mais das tecnologias à partir das descobertas oriundas da curiosidade e do aprender a fazer.
A instituição educativa surgiu a partir de uma necessidade do ser humano que, vivendo em sociedade, percebeu-se quão importante eram desenvolver os conhecimentos formais, quanto os conhecimentos informais que são transmitidos pela família, cultura, costumes e o que se obtém através da convivência social. É nela que se promove, em grande parte, a investigação, a dialética, os estudos científicos, além de organizar e transmitir os conhecimentos de geração a geração. Sem as instituições educativas o mundo seria mais frio, calculista, com seres mais individualistas, egoístas e solitários.
Na atualidade vemos que é de extrema relevância a manutenção e criação de instituições educativas devido ao grande crescimento populacional, o que exige e impera mais organização, mais conscientização, para vivermos em comunhão na sociedade. Não importa se a instituição educativa é de ordem religiosa, governamental, organização não governamental (ONG) ou privada, todas contribuem para uma evolução de pensamentos e ações que contribuirão para o progresso, compreensão da vida e descobertas de novas tecnologias.
Tomamos como exemplo algumas instituições educativas religiosas como Escola Adventista e PUC Pontifícia Universidade Católica, que apesar de cunho religioso buscam promover a educação, o ensino e a aprendizagem.
Toda instituição educativa necessita de uma administração, pois não acontecerá um bom desenvolvimento se não houver planejamento, implementação de estratégias para alcançar os objetivos almejados. Assim como, administrar os recursos necessários para a manutenção da instituição educativa e buscar melhorias tanto humanas, como tecnológicas e/ou funcionais, também é necessário uma gestão administrativa, que engloba todas as funções da administração.
Para a autora Lucia Martínez Aguirre (2012) a administração educativa utiliza um conjunto de recursos orientados para alcançar metas, para concluir tarefas num todo organizacional. Neste sentido, verifica-se uma forma burocratizada, objetiva e com foco organizacional o que me parece afastar-se do ponto de vista pedagógico que deve ter uma instituição educativa. No entanto, uma instituição educativa bem administrada tem como potencial um crescimento rápido e sólido devido à seriedade como é empregada. Como exemplo, a Faculdade UNEOURO, em Ouro Preto do Oeste/RO, que há poucos anos iniciou seus trabalhos com apenas um curso (com 10 alunos) e hoje conta com 5 cursos e quase mil alunos, um sucesso de administração.
Todavia, não menos importante, é a gestão educativa que compreende a capacidade de administrar, gerir, gerenciar e coordenar pedagogicamente programas, projetos, pessoas, não perdendo de vista o foco ensino-aprendizagem, a missão e a visão institucional. Percebe-se que a gestão educativa abrange todo o funcionamento da instituição e toda a administração dos pólos que mantém o funcionamento global que é uma instituição educativa.
Fazendo uma analogia, a instituição educativa é como um corpo humano onde cada órgão necessita de outro para o seu pleno desenvolvimento, onde um não funciona sem o outro.
Um bom gestor de uma instituição educativa deve ser alguém que possua características como liderança, coordenação, visão holística, desinibido, estratégico, organização, cultura, criativo, capacidade de relação interpessoal e social, habilidade em administrar seus sentimentos e emoções a favor de seus projetos, ser ético e com consciência moral, prezando pela justiça e visando um bem maior que é o de fazer prevalecer a harmonia e o pleno curso das atividades em andamento na instituição.
De acordo com o Centro Lasallista de Formación a gestão educativa é dividida em dimensões: dimensão administrativa financeira, organizativa operacional, comunitária, de convivência e dimensão sistêmica. O que demonstra o quanto engloba a especificidade do trabalho do gestor educativo.
Um administrador deve ser um bom gestor, assim como o gestor deve ser um bom administrador da instituição educativa.

Bibliografia

Aguirre, Lucia M. Administración Educativa. Red T. Milleniun. 1ª Ed. 2012.


Gestión y liderazgo en educación, Centro Lasallista de Formación. Diplomado: Liderazgo en la Institución Educativa Lasallista. Y en http://www.slideshare.net/omarhrojas/gestion-escolar

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

O Bicho - Para Reflexão

O Bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.
Manoel Bandeira

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Efeitos Psicológicos ao Ingressar em um Novo Grupo

        Cada ser é único e inconfundível. Mera semelhanças ocorrem, mas cada um reage de certa maneira e encara de maneira diferente a determinada situação. Por isso, não devemos generalizar e pensar que podemos agir com todos da mesma forma e esperar a mesma resposta, em comportamento, de cada ser humano. 
        Ao ingressar em um novo grupo o indivíduo sente-se acuado, constrangido, amedrontado, cauteloso, onde apesar de tudo, enfrenta todas as situações com coragem, esforço, dedicação, pois o seu desejo de ser aceito é demasiado.
        Apesar de cada grupo já estar constituído e em pleno funcionamento, a aceitação de um novo membro é difícil  por parte de alguns integrantes. Estes, sentem-se ameaçados ou invadidos, com certo medo de perder a sua posição, cargo ou colocação no grupo. Pois este novo membro pode ser uma pessoa capacitada, alegre, divertida, empática, e pode, com isto, agradar e ser aceito pela maioria dos integrantes.
      Os efeitos psicológicos causados tanto nos integrantes do grupo como no ingressante, podem causar sentimentos que alterem o seu verdadeiro potencial de participação, pois a insegurança, o medo, a autoestima, a perseverança, o envolvimento e o comprometimento, dependem muito da ação de cada um. 
      A sensibilidade é um fator primordial para que o novo integrante consiga se envolver sem que prejudique os demais integrantes ou aja de maneira invasiva tornando o convívio mais dificultoso e embaraçoso. Da mesma forma, o grupo, para com o novo ingressante, deve ter a sensibilidade de perceber quais as intenções, qualificações, pensamentos e desejos do novato, pois este, pode contribuir grandemente para o desenvolvimento, crescimento e melhor estruturação do grupo.
     Sentimentos como rejeição, isolamento, angústia, tristeza e apatia, podem apresentar-se caso os envolvidos não compreendam todo o processo de integração.
    A luta psicológica travada ao lidar com novas situações requer perseverança, confiança em si, persistência, desejo de sucesso, seja qual for a sua qualificação ou posição no grupo. 

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Resenha do curso de Oratória para defesa de dissertação/tese, ministrado por Sidnei Baumann


UNIVERSIDADE NIHON GAKKO
CURSO DE MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
DISCIPLINA: METODOLOGIA DA INVESTIGAÇÃO II             
PROF.: SIDNEI BAUMANN
DATA: 13 de JULHO de 2013 

LENI DE SOUZA BARROS


ORATÓRIA PARA DEFESA DE DISSERTAÇÃO


 Sidnei Baumann, é professor da cátedra de Metodologia da Investigação II, no curso de Mestrado em Ciências da Educação, da Universidade Nihon Gakko e ministrou o Curso de Oratória para defesa de dissertação/tese.
           Este curso foi apresentado com orientações básicas e totalmente relevantes de como se sair bem numa defesa de dissertação ou tese. Devendo o pesquisador observar todas as questões metodológicas e de formalidade que a ocasião exige.
Conforme Baumann (2013) propôs orientações como, por exemplo: não ficar apenas lendo; fazer o máximo com o mínimo, ou seja, explanar o seu conteúdo com o mínimo de escrita nos slides; não decorar sua fala, pois demonstra total despreparo ou desconhecimento do que está apresentando; apresentar em power point; usar banner somente se faltar energia; preparar-se com segurança para que não haja nenhum imprevisto em relação ao material da apresentação (pen drive, CD, computador, adaptador de tomada, etc.), não ficar de costas para a platéia, não demonstrar nervosismo, procurar manter uma postura formal tanto em relação à verbalização quanto à sua apresentação visual.
Foram pertinentes as questões relatadas em falar de fontes confiáveis e atualizadas; que as perguntas por parte dos componentes da banca avaliadora podem acontecer por 5 motivos: dúvidas, vontade de aprender mais, necessidade de se destacar, para provocar e/ou testar o conhecimento do apresentador sobre o conteúdo pesquisado. Por isto o pesquisador deve estar muito bem preparado para qualquer tipo de questionamento, pois será sabatinado por pessoas doutoradas.
Não menos importante é a questão do bom senso e originalidade que se deve observar para o sucesso da apresentação. Bom senso nas vestimentas, maquiagem, acessórios, cabelos, linguagem, movimentação de mãos, o andar e etc. Originalidade na forma de apresentação deve ser bem avaliada antes da apresentação, pois pode-se correr o risco de reprovação devido à formalidade da ocasião e do estudo a ser apresentado.
            O assunto é de extrema relevância analisando e compreendendo os tipos de comportamentos, posturas e técnicas que poderão auxiliar o apresentador. E, para tanto, faz-se necessário que haja uma revisão dos conceitos e práticas utilizadas para que cada vez mais ocorra o aprimoramento e o policiamento quanto às formas de comportamento em cada situação.
            O presente curso é recomendado para acadêmicos de mestrado e doutorado, abrindo novos horizontes para uma ampla visão do campo do comportamento humano. Pois, requer uma auto avaliação antes da devida apresentação de dissertação e/ou tese.  
          O Catedrático Sidnei Baumann é Professor empreendedor multidisciplinar. Experiência na área de Educação e consultoria, atuando principalmente nos temas: Gestão Estratégica, Pesquisa de Mercado, Marketing e Vendas. Já realizou palestras e consultorias de Norte a Sul do Brasil. Docente do Instituto Esperança de Ensino Superior. Atualmente é diretor geral da empresa Qualit Manutenção Industrial Assessoria.
          Leni de Souza Barros, graduada em Psicologia pela Universidade Ibirapuera/SP (1998), Pós-graduada em Didática e Metodologia do Ensino Superior, Psicopedagogia Clínica e Institucional, Especialista em Psicologia do Trânsito pelo Conselho Federal de Psicologia e Mestranda em Ciências da Educação pela Universidade Nihon Gakko.

Bibliografia

Baumann, Sidnei. Oratória para defesa de dissertação/tese, (2013). 

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Resenha do Artigo Tipos de conhecimento e suas relações com a resolução de problemas em ciências: orientações para a prática

UNIVERSIDADE NIHON GAKKO
CURSO DE MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
DISCIPLINA: METODOLOGIA DA INVESTIGAÇÃO I
PROF.: AGENOR FRANCISCO DE CARVALHO
DATA: 09 de JULHO de 2013

LENI DE SOUZA BARROS


ORIENTAÇÃO PARA A PRÁTICA DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS A PARTIR DE UMA ANÁLISE DOS TIPOS DE CONHECIMENTO 


          Joan Josep Solaz-Portolés e Vicente Sanjosé López, com tradução de Filomena Matos, escrevem sobre os Tipos de Conhecimentos e suas Relações com a Resolução de Problemas em Ciências: orientações para a prática; publicada na Revista de Ciências da Educação – Sísifo, n°6, Maio/Agosto de 2008 – ISSN 1646-4990. 
          Este artigo revela as dificuldades de resolução de problemas que os educandos possuem na disciplina de ciências, tanto em resolvê-los quanto em aplicá-los no seu dia a dia. O estudo revela as várias facetas do conhecimento, identificando vários autores que estudaram e propuseram tipos e formas de conhecimento relacionando-os com as capacidades cognitivas dos indivíduos. 
       O levantamento bibliográfico é rico e culmina numa proposta de atividades práticas para auxiliar os docentes. O presente artigo é apresentado em 10 (dez) páginas, sendo dividido nos tópicos: resumo; introdução; Tipos de conhecimento que intervém na resolução de problemas em ciências: uma visão geral; Efeitos dos tipos de conhecimento em alunos que resolvem problemas em ciências; Orientações para a Prática; e, Referências bibliográficas. 
        Os autores relatam como os tipos de conhecimentos podem influenciar no desempenho dos alunos na questão de resolução de problemas na disciplina de ciências. Incluem os autores Ferguson Hessler e de Jong (1990), por exemplo, que identificaram quatro tipos essenciais de conhecimentos para que o educando possa alcançar uma base adequada para a resolução de problemas como: Conhecimento situacional; conhecimento declarativo; conhecimento procedimental e o conhecimento estratégico. Outros autores analisam o papel que as competências cognitivas, metacognitivas e motivacionais desempenham na resolução de problema e concluem que todos estes três tipos de competências são necessários para o sucesso da resolução de problemas em meio acadêmico. Fazem uma relação das dificuldades de resolução de problemas com as estruturas cognitivas, as quais podem estar relacionadas com a memória do aluno, conexões e relações erradas ou a ausência delas, e com a presença de elementos falsos ou irrelevantes que podem atrapalhar o pleno desenvolvimento cognitivo do discente. 
          Os autores sugerem algumas medidas didáticas para ajudar os professores a compreenderem melhor o processo de resolução de problemas para assim auxiliar seus discentes de maneira mais produtiva. Dentre elas destacam-se: introdução de mapas de conceitos; estimular processos de estudo profundos e específicos; desenvolvimento de competências de raciocínio científico; incentivar os alunos a trabalhar em conjunto na resolução de problemas; proporcionar-lhes a prática de análise e síntese, relacionar e avaliar; aplicar-se nos passos de planejamento, reflexão (monitorização do progresso), verificação (verificação de resultados) e interpretação da resolução de problemas; evitar a sobrecarga da memória de trabalho, ou seja, uma apresentação que combine texto com diagrama pode ser uma forma de reduzir a sobrecarga da memória; os exemplos trabalhados com anotações sobre aspectos cruciais são úteis para aplicação de esquemas na resolução de problemas; diagramas ajudam os alunos a resolver problemas com mais eficiência e eficácia. Ou seja, esta lista de técnicas pode ser crucial para que ocorra o entendimento e consequentemente a resolução de um problema. 
         O assunto em questão é de extrema relevância não apenas para o ensino de ciências, mas como para qualquer outra disciplina, pois o que muito ocorre é a dificuldade de aplicabilidade do estudo/conteúdo em sua prática diária. Sabemos que o conhecimento não é estático, mas que existem vários fatores que influenciam no decorrer do processo de aquisição deste conhecimento, como fatores intrínsecos, sociais, culturais, familiares, etc. Analisando e compreendendo os tipos de conhecimentos, assim como o saber, conteúdo disciplinar, fatos, definições e descrições, saber fazer, regras, sequências de produção, saber porquê, princípios e esquemas, saber quando, onde e como se aplica o nosso conhecimento, leva a refletir na prática, didática, estratégias, a maneira como está sendo encaminhado ou percebendo os discentes, para uma ressignificação de como ocorre todo o processo de aquisição do conhecimento. 
    Vygotsky (1984, p.101) afirma que “o aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental e põe em movimento vários processos de desenvolvimento que, de outra forma, seriam impossíveis de acontecer. Assim, o aprendizado é um aspecto necessário e universal do processo de desenvolvimento das funções psicológicas culturalmente organizadas e especificamente humanas”. Faz-se necessário que haja uma revisão dos conceitos e práticas utilizadas para que cada vez mais o aprimoramento e o policiamento quanto aos vícios da profissão, aos quais devem ser eliminados ou reduzidos a um nível aceitável/suportável. Mas, na atualidade se impera uma busca incessante de novas maneiras, técnicas ou procedimentos para obter um maior resultado no tocante ao produto final que se almeja para todos os discentes devido à grande necessidade de profissionais qualificados no mercado de trabalho. Neste caso, os docentes são responsáveis pela quantidade e qualidade dos que estão à mercê dos comandos para evoluírem cada vez mais com eficiência e produtividade. 
          Souza (2007), define o professor como “aquele que consegue transmitir conhecimentos não somente porque está capacitado a desenvolver tecnicamente esta tarefa, mas porque sabe fortalecer e, algumas vezes, até mesmo criar bases para que o aluno venha a estabelecer significativas relações com a aprendizagem e a vida. Para, desse modo, apropriar-se de suas experiências de vida.”
     O presente artigo é recomendado para acadêmicos de pedagogia, psicologia, pedagogos (as), profissionais na área específica de ciências ou áreas afins, pois reflete sobre a prática pedagógica e abre novos horizontes para uma ampla visão do campo do conhecimento. É uma leitura clara, dinâmica e muito interessante. 
        Joan Josep Solaz-Portolés é autor de mais de 30 artigos e 2 livros sendo o primeiro Análisis de las interacciones entre variables textuales, conocimiento prévio Del lector y tareas, en El aprendizaje de textos educativos de física e química, em 1994, pela Universitat de Valéncia, e o segundo Termodinámica y equilíbrio químico: analisis de sistemas em equilíbrio químico y sus pertubaciones, 2002, Valencia: Centro Francisco Tomás y Valiente, UNED Alzira-Valéncia. Vicente Sanjosé López é autor de mais de 40 artigos de revistas, autor do livro Contribuciones piónicas y de quarks a La estructura eletromagnética de los núcleos, 1990, Universitat de Valéncia. 
        Leni de Souza Barros, graduada em Psicologia pela Universidade Ibirapuera/SP (1998), Pós-graduada em Didática e Metodologia do Ensino Superior, Psicopedagogia Clínica e Institucional, Especialista em Psicologia do Trânsito pelo Conselho Federal de Psicologia e Mestranda em Ciências da Educação pela Universidade Nihon Gakko. 

Bibliografia

VYGOTSKY, Lev. A Formação Social da Mente. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 1984. 

SOUZA, Beatriz de Paula (org.). Orientação à Queixa Escolar. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2007. 

sisifo.fpce.ul.pt/pdfs/Sisifo6_Outrosartigos.pdf, pesquisa realizada em 09.07.2013, às 11:45