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1 - MENSAGEM DE ABERTURA


Não sou tudo o que penso
Não sou tudo o que você pensa que sou.
Sou a busca, a curisosidade, a incerteza, a fraqueza e a franqueza.
Essas forças que me impulsionam à busca do meu eu.

Sou forte, sou segura, sou criativa e impulsiva
Sou tudo que o que me fortalece em busca do meu objetivo.
Tropeço... levanto
Caio... levanto
Ficar de pé não é fácil
Mas é nesta busca do equilíbrio em que vivemos.

Viver é complicado, mas simples, se simplificarmos
Viver não é saber tudo, mas é dividir o que você sabe.
Aprendi sobre o certo e o errado, mas ainda me pego na dúvida
Está certo ou está errado?

Saber quem sou...
Buscar equilíbrio...
Saber viver...
Certo ou errado...
A vida é uma busca contínua, hora tranquila, hora turbulenta, hora de crescer, horar de persistir, hora de tomar iniciativa e acreditar.
Afinal, ninguém é perfeito
Apenas à busca dela.
(Leni de Souza Barros)
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O DIFÍCIL FACILITÁRIO DO VERBO OUVIR
Artur da Távola
Um dos maiores problemas de comunicação, tanto a de massas como a interpessoal, é o de como o receptor, ou seja, o outro, ouve o que o emissor, ou seja, a pessoa, falou.
 Numa mesma cena de telenovela, notícia de telejornal ou num simples papo ou discussão, observo que a mesma frase permite diferentes níveis de entendimento
 Na conversação dá-se o mesmo. Raras, raríssimas, são as pessoas que procuram ouvir exatamente o que a outra está dizendo.
 Diante desse quadro venho desenvolvendo uma série de observações e, como ando bastante entusiasmado com a formulação delas, divido-as com o competente eleitorado que, por certo, me ajudará, passando-me as pesquisas que tenha a respeito.
 Observe que:

1. Em geral o receptor não ouve o que o outro fala: ele ouve o que o outro não está dizendo.

2. O receptor não ouve o que o outro fala: ele ouve o que quer ouvir.

3. O receptor não ouve o que o outro fala: ele ouve o que já escutara antes e coloca o que o outro está falando naquilo que se acostumou a ouvir.

4. O receptor não ouve o que o outro fala: ele ouve o que imagina que o outro ia falar.

5. Numa discussão, em geral, os discutidores não ouvem o que o outro está falando: eles ouvem quase que só o que estão pensando para dizer em seguida.

6. O receptor não ouve o que o outro fala: ouve o que gostaria ou de ouvir ou que o outro dissesse. 

7. A pessoa não ouve o que a outra fala: ela apenas ouve o que está sentindo.

8. A pessoa não ouve o que a outra fala: ela ouve o que já pensava a respeito daquilo que a outra está falando.
9. A pessoa não ouve o que a outra está falando: ela retira da fala da outra apenas as partes que tenham a ver com ela e a emocionem, agradem ou molestem.
10. A pessoa não ouve o que a outra está falando: ouve o que confirme ou rejeite o seu próprio pensamento. Vale dizer, ela transforma o que a outra está falando em objeto de concordância ou discordância.
11. A pessoa não ouve o que a outra está falando: ouve o que possa se adaptar ao impulso do amor, raiva ou ódio que já sentia pela outra.
12. A pessoa não ouve o que a outra fala: ouve da fala dela apenas aqueles pontos que possam fazer sentido para as idéias e pontos de vista que, no momento, a estejam influenciando ou tocando mais diretamente.

 Esses doze pontos mostram como é raro e difícil conversar. Como é raro e difícil se comunicar! O que há, em geral, ou são monólogos simultâneos trocados à guisa de conversa, ou são monólogos paralelos, à guisa de diálogo. O próprio diálogo pode haver sem que necessariamente haja comunicação. Pode até haver um conhecimento a dois, sem que, necessariamente, haja comunicação. Esta só se dá quando ambos os polos ouvem-se, não, é claro, no sentido material de”escutar”, mas no sentido de procurar compreender, em sua extensão e profundidade, o que o outro está dizendo.
 Ouvir, portanto, é muito raro. É necessário limpar a mente de todos os ruídos e interferências do próprio pensamento durante a fala alheia.
 Ouvir implica numa entrega ao outro, numa diluição nele. Daí a dificuldade de as pessoas inteligentes efetivamente ouvirem. A sua inteligência em funcionamento permanente, o seu hábito de pensar, avaliar, julgar e analisar tudo interfere como um ruído na plena recepção daquilo que o outro está falando.
 Não é só a inteligência a atrapalhar a plena audiência.Outros elementos perturbam o ato de ouvir. Um deles é o mecanismo de defesa. Há pessoas que se defendem de ouvir o que as outras estão dizendo, por verdadeiro pavor inconsciente de se perderem de si mesmas. Elas precisam “não ouvir” porque “não ouvindo” livram-se da retificação dos próprios pontos de vista, da aceitação de realidades diferentes das próprias, de verdades idem e assim por diante. Livram-se do novo, que é saúde, mas as apavora. Não ouvir é, pois, um sólido mecanismo de defesa.
 Ouvir é um grande desafio. Desafio de abertura interior; de impulso na direção do próximo, de comunhão com ele, de aceitação dele como é e como pensa. Ouvir é proeza. Ouvir é raridade. Ouvir é ato de sabedoria.
 Depois que a pessoa aprende a ouvir, ela passa a fazer descobertas incríveis escondidas ou patentes em tudo aquilo que os outros estão dizendo a propósito de falar. 



                                              


                                                  



4 comentários:

  1. Olá Leni. Hoje tive a oprotunidade de conhecer sua página "maispsicologia" e estou me identificando com suas postagens. Obrigada! Continue seu trabalho, pois ele está fazendo muito bem para muitas pessoas e eu sou uma delas. Gilda Molica de Lana CRP 05/20051. Resnede RJ

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  2. Gilda Molica de Lana, desuclpe-me escrevi errado o nome de minha cidade; RESENDE RJ

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  3. Ótimos textos..
    Bjs
    https://sistemicasvivencias.blogspot.com.br/2017/12/tudo-tem-um-proposito.html?m=1

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  4. Boa tarde. Eu gostaria de falar com o responsável pela página. Qual é o email de contato de vocês?

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Obrigada por sua contribuição!!!!