Leni de Souza Barros
A capacidade que o indivíduo possui de movimentar-se é inata, como podemos perceber até mesmo no ventre materno, quando no exame de ultrassonografia revela uma criança com o dedo na boca, ou quando movimenta as pernas, os braços. Após o nascimento a evolução psicomotora é incrivelmente rápida, pois logo está virando a cabeça, levantando e abaixando as pernas, preensão com as mãos, virando o corpo para um lado e outro, depois sentando, engatinhando e andando.
O desenvolvimento psicomotor
contribui para a autonomia, independência, consciência do ser, do corpo e do
estar lançado no mundo. Esta consciência contribui para o reconhecimento e
pleno desenvolvimento do ego que irá perceber a realidade de maneira patológica
ou sadia.
A percepção do corpo nos
revela o eu filosófico, pois nos faz refletir sobre quem sou, para onde vou,
onde quero chegar, o que penso, como penso e por que penso, do que sou capaz.
Nesta perspectiva, a percepção do corpo em movimento pode contribuir para o
desenvolvimento intelectual do indivíduo levando em consideração todos os seus
aspectos internos (eu) e externos (do mundo), fazendo com que as descobertas
influenciem nas capacidades cognitivas. A partir desta análise, a estimulação dos
aspectos psicomotores, podem contribuir para o avanço das aprendizagens
escolares levando a criança a perceber o mundo em que vive e as capacidades de
seu corpo, revelando-lhe um universo de possibilidades e incentivando a
curiosidade para novos caminhos.
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