quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
A gestão administrativa e os estilos de formação
A gestão administrativa e os
estilos de formação
Muitos são os estilos de gestão administrativa e cada
um gerencia sua instituição levando em conta seus aspectos individuais, sociais
e culturais, pois seus anseios, expectativas, sonhos, fantasias, implicam em
ações, comportamentos que vão influir nas suas atividades profissionais, como
as tomadas de decisões e gerenciamento. Suas características individuais que
formam a sua personalidade influem diretamente no resultado produzido por seu gerenciamento.
Tendo visto que a gestão administrativa e os estilos
de formação influenciam no desenvolvimento educacional de cada indivíduo seguem
os três subtemas fundamentais para o estado de comportamento que são: Estado
Padre, Estado Adulto e Estado Criança. Estes três estados associo-os com os
três aspectos da personalidade desenvolvidos por Sigmund Freud, Id , Ego e
Superego. Sendo o Id a parte mais instintiva da personalidade onde todos
possuem o seu lado mais profundo e inconsciente, como a agressividade e
impetuosidade, o que podemos relacioná-lo com o Estado Padre. O Ego por ser a
parte mais consciente do indivíduo pode-se associá-la com o Estado Adulto por
ser mais reflexivo e compreensivo. O Id é a parte da fantasia, dos desejos, e
por isso se parece mais com o Estado Criança, por agir mais pelo lado da
emoção.
Entendo que o Estado
Padre constitui aquela situação onde o educador atua de forma a utilizar seus
exemplos de vida e de sua cultura, quer servir de exemplo, dirige e controla o
sistema educativo e protege o aluno ensinando-lhe a conviver em sociedade.
O Estado Adulto nos leva a agir de modo mais lógico e
em contato com a realidade. Este tipo de personalidade age de forma que busca
todas as fontes de informações possíveis para se tomar uma decisão; ele é mais
compromissado com a instituição e com os alunos; suas atitudes são
compreensivas e de apoio. Neste caso, pode agir mais positivamente (como
reflexivo e negociador) ou mais negativamente (tecnócrata ou burócrata).
O Estado Criança caracteriza-se
por ser mais emotivo, espontâneo ou até submisso em alguns casos. Atua em
função do passado.
Ao que percebo, a
gestão administrativa deve agir de forma nem tanto ao estilo padre, que ordena
e julga; nem tanto ao estilo adulto, que faz o que convém; e nem tanto ao
estilo criança, que sente e expressa. Há que se fazer uma combinação destes
três modos de formação para que o desenvolvimento seja objetivo e eficaz, pois
o modelo padre faz o que se deve fazer, o adulto é reflexivo, tem planejamento e
organização, e o modelo criança faz o que gosta de fazer e por isso é mais
feliz. Assim como, o equilíbrio entre o Id, o Ego e o Superego é que dá o
perfil da personalidade do indivíduo levando-o há um estágio de compreensão
real da suas percepções e conclusões.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
sábado, 12 de janeiro de 2013
O PAPEL DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO FRENTE AOS PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM: EM BUSCA DE UM NOVO OLHAR E UM NOVO FAZER
O PAPEL DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO FRENTE AOS PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM: EM BUSCA DE UM NOVO OLHAR E UM NOVO FAZER
Quando uma determinada criança apresenta alguma dificuldade de aprendizagem, geralmente os discursos são: “ele não consegue aprender”, “ele é agressivo demais”, “ele atrapalha o andamento das aulas”, “ele prejudica os colegas”, “ele não para quieto”, “ele não faz nada”, e por aí vão mais e mais queixas. A professora se sente insegura, constrangida, frustrada, despreparada e impossibilitada de atender esse aluno. O primeiro passo é buscar por ajuda, primeiro, a orientadora escolar, depois a supervisora, a diretora, ou a psicóloga, quando a instituição possui este profissional. E a criança vai passando de mão em mão para ver quem pode dar um socorro à professora que tanto sofre com alguns alunos nestas condições.
Qual o papel da instituição escolar? Está, a escola fazendo seu papel que é acolher, ensinar, educar, transmitir conhecimentos, sociabilizar, interagir, construir, desmistificar, ajudar, compreender? Qual o motivo de alguns alunos serem repetentes várias vezes numa mesma série, o problema é apenas do indivíduo, o aluno, ou só do professor? Seria somente problemas de ordem afetivo-emocional, orgânico, familiar ou social? Por que alguns alunos (“os problemas”) são meio que esquecidos ou deixados de lado na sala de aula? O que é o processo de escolarização e o que está implícito neste processo? Como é o olhar da escola para com este aluno?
Nos dias de hoje as pessoas estão cada vez mais sobrecarregadas de tarefas que não tem tempo de olhar verdadeiramente para “o outro”, e isto não está ocorrendo apenas dentro de escolas, está ocorrendo dentro dos próprios lares. O pai trabalha muito e só chega em casa à noite e tem que descansar; a mãe trabalha fora e quando chega em casa tem muito o que fazer nas tarefas domésticas; não há tempo hábil para sentar, conversar, ouvir, “olhar”, sentir. Estão todos muito atarefados, demasiadamente ocupados em busca do progresso, do sucesso, do dinheiro, da sobrevivência, do conforto ou do carro novo. Mas também estão mais isolados, carentes, mais individualistas, egoístas, deprimidos, cansados e estressados. São os tempos modernos? Uma modernidade que está levando as pessoas para um caminho triste e solitário.
Em outros tempos, as pessoas caminhavam mais, se encontravam mais, conversavam mais, havia tempo para um “bom dia, como vai você?”.
A produção do fracasso escolar e a origem da queixa escolar é fruto de um ambiente, de subjetividades ocorridas num determinado espaço onde relações são vivenciadas, experimentadas e concretizadas. E como essas relações são concretizadas influenciam direta ou indiretamente no aprendizado diário do educando num contexto de ações, reações e emoções que o afetam. Neste caso, a instituição tem grande contribuição para o fracasso escolar, pois participa ativamente dessa convivência, passando pelo guarda da escola, a merendeira até chegar aos professores. Todo o corpo discente faz parte da educação escolar de uma criança. E se, esse “todo” não estiver bem preparado, orientado, consciente de seu papel, o sucesso não será alcançado.
Cabe aqui, a personalidade moral ecológica, segundo a perspectiva piagetiana, pois é a que se constrói com liberdade, com autonomia, num crescente processo de tomada de consciência de si e do outro no ambiente em questão (citado por Sousa, 2009, p.219)
Bibliografia Consultada:
SOUSA, Ana Maria de Lima-org. Psicologia, saúde e educação: desafios na realidade amazônica. São Carlos: Pedro e João Editores/Porto Velho:EDUFRO, 2009.
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