sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Depressão

DEPRESSÃO

            Inúmeras pessoas apresentam os sintomas da depressão mas ainda não se deram conta de que este mal é silencioso, avança vagarosamente levando o indivíduo a um sofrimento psíquico terrível.
No início pode parecer apenas uma tristeza, com uma vontade de chorar constantemente, um desânimo, não querer sair de casa, ir a festas, conversar, não quer ficar em locais onde há aglomeração de pessoas, sente um desejo profundo de ficar só, no quarto e fechado, tem baixo desejo sexual, frequente irritabilidade, sente dificuldade na concentração e em tomar decisões, às vezes, surgem pensamentos de morte (suicídio). Op’s!!!! sinal de alerta! Pode ser uma depressão ou o início dela.
De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID10), “nos episódios típicos de cada um dos três graus de depressão: leve, moderado ou grave, o paciente apresenta um rebaixamento do humor, redução da energia e diminuição da atividade. Existe alteração da capacidade de experimentar o prazer, perda de interesse, diminuição da capacidade de concentração, associadas em geral à fadiga importante, mesmo após um esforço mínimo. Observam-se em geral problemas do sono e diminuição do apetite. Existe quase sempre uma diminuição da autoestima e da autoconfiança e frequentemente ideias de culpabilidade e ou de indignidade, mesmo nas formas leves”. Mas esta definição é para os “episódios depressivos”, o que se precisa verificar é se o indivíduo “é” ou “está” depressivo momentaneamente por algum acontecimento impactante. É importante buscar ajuda especializada com médico, psicólogo ou psiquiatra o quanto antes para obter o diagnóstico.
Sentimentos como angústia, desesperança, desamparo, cansaço, solidão e sintomas como dores no corpo, dores de cabeça constante, um aperto no peito que parece crescer e virar um bolo na garganta com a sensação de falta de ar, aumento ou diminuição do apetite ou do sono, podem acompanhar a doença. Ela é uma doença como outra qualquer, pode ocorrer em qualquer época da vida e precisa ser tradada rapidamente. Quanto mais cedo o diagnóstico e tratamento adequado, mais rápido o resultado alcançado e menos sofrimento para a pessoa e seus familiares.
A família é um fator muito importante para o tratamento do depressivo pois, sozinho, dificilmente o depressivo consegue sair com rapidez do quadro em que se encontra. Geralmente, os familiares não compreendem o que se passa com a pessoa, acaba pensando que pode ser apenas uma tristeza que logo passará, preguiça, frescura ou que a pessoa não quer melhorar porque não tem iniciativa para sair de tal situação. Mas, a coisa é bem mais séria do que imaginam. O depressivo não consegue ter forças necessárias para sair da crise pois o grau de desesperança é tão grande que acaba por se entregar ao poço sem fundo e obscuro que é a depressão. O que o depressivo necessita é de apoio, atenção, companheirismo, compreensão, alguém que o pegue pela mão e o ajude a caminhar, alguém que o ouça de verdade procurando entender os seus sentimentos e o que se passa em seu cotidiano. Por isso, é importante que a família o acompanhe ao tratamento para que possa compreender um pouco melhor sobre a doença e assim contribuir com a melhora do indivíduo depressivo.
Nos casos mais leves de depressão a psicoterapia pode dar bons resultados. Mas, nos casos mais graves há necessidade de acompanhamento com psiquiatra onde indicará a medicação adequada para cada tipo depressivo. É importante procurar logo ajuda profissional para evitar o agravamento ou evolução da doença.
A depressão pode ser comparada ao poço: fundo, estreito, escuro, pouco ar, isolado, apertado, frio, úmido, fechado. Mas que, se olhado por um outro ângulo, há uma luz na saída e um caminho a seguir. Ou seja, tem tratamento, tem solução. Sozinho é muito difícil. Peça ajuda!


Autora: Leni de Souza Barros (Psicóloga, Psicopedagoga, Especialista em Didática e Metodologia do Ensino Superior e em Psicologia do Trânsito, Mestranda em Ciências da Educação). Texto publicado na Revista Êxodo. Ed.01/2015.

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