segunda-feira, 25 de março de 2013
sexta-feira, 15 de março de 2013
terça-feira, 12 de março de 2013
O Mito Cura - By Manuel Antônio de Castro
O MITO
CURA: O APELO E ESCUTA DA PRO-CURA
Enquanto cura , Dasein [presença] é o “entre” nascimento
e morte.
Heidegger. Ser e tempo.
Muitas vezes ficamos perplexos diante do que nos acontece na vida. Tentamos
encontros e só encontramos des-encontros. Tentamos sair de nós e nos
pro-curamos nas coisas, nos objetos, nos produtos, no consumo, num envolvimento
estético-consumista da vida. E acabamos por nos con-sumir no con-sumo.
Pro-curamos sistemas filosóficos, explicações detalhadas e claras do social, do
histórico, do destino, do que somos, do que é a vida, o amor, a felicidade, a
morte, a dor. E não encontramos. Sempre há um resto, um “entre”, um aquém ou um
além, um incontornável. Há sempre uma distância na maior proximidade, uma
ansiedade indefinida e nunca satisfeita. E então buscamos uma religião como
–ismo, na tentativa e esperança de encontrar a plena satisfação num além
infinito, numa transcendência de plenitude, numa eternidade em que se resolve e
completa toda transitoriedade, falta, finitude e limitação. Diante do
inexplicável e do aguilhão da morte e da dor, da pura e total dissolução
construímos uma vida paralela e sempre fora e além de nós. Mas a vida é uma só
em tensão permanente com a morte, véu do nada, enigma que não se explica, só se
experiencia.
Qual espelho e corpo de ressonância empreendemos como linguagem a viagem em
busca do que somos e pro-curamos no outro. A pro-cura se dá nos e como desvelos da cura /
cuidado. A con-vivência nos torna solidários. Mais.
Tecemos ideais, formulamos projetos, nos movemos num impulso de doação e
carinho, e chamamos ao outro:
meu amor, meu amigo, meu irmão. A rotina do cotidiano torna visível os limites,
os defeitos, a diversidade, as diferenças, a não identidade pro-curada e sempre
em vista. Aos encontros se sucedem os desencontros e a chama da pura doação se
vai extinguindo na compreensão de que fazemos do apelo e fala um puro eco do
que em nós não acontece: e colhemos a solidão. Solidários-solitários
visualizamos, para além do outro
e do que já somos, o que não somos e pro-curamos, como penhor de todos os
nossos empenhos: ser, sempre em vias de acontecer.
Até que cansados ou desiludidos nos entregamos ao mistério. É o advento do
apelo como Escuta. Este nos cerca, nos invade, nos envolve porque tanto está
fora como dentro de nós. É a plenitude possível. E então nos surpreendemos com
o mistério que somos. Não somos o mistério, mas somos no e pelo mistério. E
então a pro-cura volta mais plena, mais completa, total. É a Cura.
Porque a sua amplitude vai para além e aquém do infinitamente pequeno e
infinitamente grande. Tudo mistério. E então a pro-cura se transforma em apelo.
Um apelo que não sabemos determinar nem definir: Cura. Um
apelo que se faz tão presente que se transforma numa presença de proximidade: a
presença presente se dá e manifesta no grande e pleno presente que é a
presença. Pura graça e gratuidade. Amar.
A pro-cura se transforma em Escuta, em Cura: o cuidado pelo que
somos enquanto presente da presença. O apelo/escuta/cuidado/presença se
transforma em fala. Uma fala diferente: calma, aconchegante, sem som. É a voz
do silêncio: quando ser é estar sendo.
A Cura de toda pro-cura aboliu as diferenças, as oposições, os
passados e futuros, as ansiedades e decepções, e se torna travessia
poética. Atentos à Cura de toda pro-cura, somos
envolvidos pelo apelo que brota da mais profunda de nossa interioridade, onde
subjetividade e objetividade, dentro e fora, proximidade e distância se
dissolvem na integração e unidade da diversidade. Então apelo, fala, escuta e
silêncio são um e o mesmo, porque somos sendo. Cura / Cuidado.
Cuidado se diz em latim "cura".Toda
pro-CURA é uma manifestação da "cura", do Cuidado. Toda
"cura" ou Cuidado diz, por isso mesmo, de uma ocupação e de uma
pre-ocupação. Talvez com CURA (cuidado) se dê a CURA de muitas fobias, traumas
e limites que temos, porque a cura de toda pro-cura nos põe frente a frente com
o tu e com o que desde já sempre somos em vista de nos apropriarmos do que nos
é próprio. Cura é apropriar-se do que é próprio.
O mito, que é a fala e a linguagem dos
deuses, do sagrado, também nos adveio como Cura. È o mito da Cura.
Ele nos foi transmitido por Higino, escravo egípcio de César Augusto. Morreu no
ano 10 de nossa era.
Diz o mito:
C U R A
"Certa vez, atravessando um rio, Cuidado viu um pedaço de terra
argilosa: cogitando, tomou um pedaço e começou a lhe dar forma. Enquanto
refletia sobre o que criara, interveio Júpiter [Zeus]. Cuidado
pediu-lhe que desse espírito à forma da argila, o que ele fez de bom grado.
Quando, porém, Cuidado quis dar um nome à criatura que havia moldado,
Júpiter o proibiu. Exigiu que fosse dado o seu nome. Enquanto Cuidado
e Júpiter disputavam sobre o nome, surgiu também a Terra, querendo dar o seu
nome, uma vez que havia fornecido um pedaço de seu corpo. Os disputantes
tomaram Saturno [Cronos/Tempo]
como árbitro. Este tomou a seguinte decisão que pareceu eqüitativa: "Tu,
Júpiter, por teres dado o espírito, deves receber na morte o espírito, e tu,
Terra, por teres dado o corpo, deves receber o corpo. Como, porém, foi Cuidado
quem primeiro o formou, ficará sob seus cuidados enquanto ele viver. Como,
no entanto, sobre o nome há disputa, ele deve se chamar Homem, pois foi feito
de "humus" (terra fértil)."
No mito CURA aparecem outros mitos: Júpiter / Zeus, Terra / Gaia, Saturno /
Cronos. Para melhor apreender o lugar de cada um é necessário ler
os mitos enquanto mitos e não cair em fáceis dicotomias nem em definições do
mito através da filosofia, da teologia e da ciência. O mito não precisa dessas
definições e conceituações. Ele tem vigor próprio. O mito deve ser
interpretado a partir do próprio mito.
Temos de ter cuidado em não fazer
do mito uma simples dimensão do físico, do psicológico ou do religioso, mas,
sim, lê-lo e apreendê-lo na sua dimensão mítica: o ontológico-poético, porque o
mito não explica nada. Enuncia, manifesta o real na e pela linguagem (mito) em
seu mistério (mutus). Eis o apelo do mito da CURA: a Escuta.
Ser como Cura.
O mito da Cura se manifesta no Cuidado
em que nos lançamos em todas as nossas pro-curas. A pro-cura como
o-cupar-se: O cuidado no mundo, em
meio aos entes, às coisas, de onde surgem as relações e referências
intramundanas. A pro-cura como pré-ocupar-se: O cuidado
com os outros, com o que não somos, com as diferenças, com a diversidade,
com a presença do outro como
experienciação de com-paixão e fraternidade. A pro-cura com o que é próprio:
O cuidado em meio ao que é impróprio do que nos é próprio,
de realização de nossas possibilidades como afirmação de nossa
liberdade, a partir da escuta do apelo do que em toda pro-cura se mostra como
sentido e verdade de todos os cuidados, a Cura.
Os quatro
CUIDADOS .
Somos
todos e cada um de nós um ser em liminaridade e complexo, mas unos e
harmônicos. Disso nos falam os quatro cuidados essenciais. Compreende-los é
pôr-se em estado de pro-cura e Escuta.
1- O Cuidado profissional : em meio às coisas
e outros entes do mundo e no mundo, em meio às relações intramundanas, temos que
sobre-viver. Nisso e por isso se manifesta o nosso Cuidado profissional
como pro-cura de e apelo de Cura. O profissional aparece assim como algo
essencial, desde que realizado no horizonte da pro-cura da Cura, onde
nada se torna formal, funcional ou mecânico, mas apenas e tão somente como uma
faceta e possibilidade necessária de apropriar-se do que nos é próprio, sem
cair no impróprio e no estranho. Ele se expressa como trabalho e
co-laboração. No e pelo trabalho advém a linguagem. E somos como cuidado
profissional no e pelo trabalho/linguagem.
2- O Cuidado afetivo: todo cuidado aponta
para uma possibilidade, porque somos fundamental e essencialmente um diálogo,
onde um eu e um tu fazem da con-vivência uma pro-cura afetiva e efetiva
de realização com o outro/a como oferta e
apelo da Cura. A convivência se inscreve no originário inaugural de Eros, no
vigor do qual nos realizamos como compaixão, fraternidade e amor. O cuidado afetivo
é o que nos afeta, concerne e inter-essa em todos os nossos empenhos e
desempenhos de ser e não ser, dialogando. Ser afetivo é ser atraído pela Cura
enquanto penhor de todo Cuidado de e na convivência e amor. No
horizonte de todo afeto nos apropriarmos do que nos é próprio como
medida e diálogo, a Cura, reunidos na e pela linguagem.
3- O Cuidado sagrado: o sagrado é o originário de
todo mito, de toda poesia, de toda religião, dando-se e manifestando-se nos
ritos, nos poemas, nas liturgias. O mítico e o poético como palavras
manifestativas trazem já dentro de si o
mistério, o que silencia como possibilidade de toda fala e escuta. A pro-cura
do poético é o cuidado que nos projeta nos caminhos do mistério,
atraídos pelo que ressoa e se faz presente em nós como voz da linguagem, que se
retrai enquanto oferta de memória e tempo originários, a Cura. A Cura é
o que se cala e fala em tudo que se diz e se quer dizer. O sagrado
mítico-poético é a experienciação do mistério da voz do silêncio. Nela, o Cuidado
do sagrado se dá como escuta da voz da linguagem.
4- O Cuidado do pensamento: pensamento é uma questão
de experienciação na e de Cura. O cuidado do pensamento nos envia nas
vias de ser, crer e conhecer, e espera pela Escuta do Silêncio, que é a
linguagem para além do lógico e ilógico. O cuidado de pensamento é a obediência
(ob-audire) à Cura, enquanto proximidade e vizinhança do
Nada. Nele nos advém a alegria na dor, o amadurecer plenificador no sofrimento,
eros e tanatos, a realidade nas peripécias da realização do pensamento.
A Cura do pensamento é atração incessante do que se retrai como vigência
do Não-ser em tudo que é. O cuidado do pensamento é a tarefa – pensum
– que nos foi destinada enquanto ação integradora e apropriadora do que nos
é próprio. Nele e por ele a Cura nos advém como linguagem do pensamento.
Cada cuidado pode realizar a CURA de alguma maneira, porque
não somos um bolo dividido em quatro pedaços. E cada cuidado tem a sua
doçura. O amor é a simplicidade dos quatro na qual cada um alegremente se
dá e retrai de modo diferente. No e pelo amar se dá toda Cura. É o que
nos diz toda experienciação de poíesis.
Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu
exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe
quanto és
No
mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha,
porque alta vive.
Fernando Pessoa.
Heidegger e o mito da CURA.
O
pensador trata deste mito em Ser e tempo, no sexto capítulo. A CURA
aparece como algo constitutivo do Ser do homem e não como algo puramente
humano, a abertura constitutiva do Dasein/presença. Conforme podemos ver
no mito, ser ser humano é ser CURA, no “entre” vida/morte.
A nossa
tendência é ver no cuidado algo menor que diz respeito a quatro instâncias do
homem:
O QUERER
“O poder-ser em função de que a pre-sença é possui
em si mesmo o modo de ser-no-mundo. Nele reside, portanto, ontologicamente,
a remissão ao ente intramundano. A cura é sempre ocupação (Besorge) e
preocupação (Fürsorge), mesmo que de modo privativo. No querer, só se apreende
um ente já compreendido, isto é, um ente já projetado em suas possibilidades
como ente a ser tratado na ocupação ou a ser cuidado em seu ser na preocupação.
É por isso que ao querer sempre pertence algo que se quer, algo que já
se determinou a partir daquilo em-função-de que se quer. Para a possibilidade
ontológica do querer são constitutivos: a abertura prévia do em-função-de que
(o preceder a si mesma), a abertura do
que se pode ocupar (o mundo como algo
em que já se é) e o projeto de compreensão da pre-sença num poder-ser para a
possibilidade de um ente “que se quis”. No fenômeno do querer, transparece a
totalidade subjacente da cura (Sorge).”
O DESEJAR
“O “querer” tranqüilo, que se acha sob a guia do
impessoal, também não significa a extinção do ser no poder-ser, mas somente uma
modificação. O ser para possibilidades mostra-se, pois, na maior parte das
vezes, como simples desejar. No desejo, a pre-sença projeta o seu ser
para possibilidades as quais não somente não são captadas na ocupação como não
se pensa ou se espera, sequer uma vez, a sua realização. Ao contrário, a
predominância do preceder a si mesma,
no modo do simples desejar, comporta uma incompreensão das possibilidades
fatuais. O ser-no-mundo, cujo mundo se projeta primariamente como mundo do desejo, perde-se, de modo
insustentável, no que se acha disponível e isso de tal modo que o que está
disponível como o único manual jamais é suficiente à luz do que se deseja. Desejar
é uma modificação existencial do projetar-se da compreensão que, na de-cadência
do estar-lançado, ainda adere pura e simplesmente às possibilidades.
Essa adesão fecha as possibilidades; aquilo que está “presente” na
adesão do desejo torna-se “mundo real”.
Ontologicamente, desejar pressupõe a cura.”
A TENDÊNCIA
“A adesão de-cadente revela a tendência da
pre-sença de se “deixar viver” pelo mundo
em que ela sempre está. A tendência mostra o caráter de estar fora, aspirando a
... O preceder a si mesmo perdeu-se num
“já sempre apenas junto a”. A inclinação da tendência é deixar-se atrair por
aquilo a que a tendência adere. Se a pre-sença também afunda numa tendência não
é porque uma tendência já é simplesmente dada, mas porque a estrutura completa
da cura se modificou. Cega, ela coloca todas as possibilidades a serviço da
tendência.
A PROPENSÃO
“Em contrapartida, a propensão “para viver”
é uma“ inclinação” (Hin-zu) que traz por si
mesma o impulso. É uma “inclinação a qualquer preço”. A propensão tenta
reprimir outras possibilidades. Aqui também o preceder a si mesmo é impróprio, embora o fato de se deixar
atropelar pela propensão advenha daquilo mesmo a que é propenso. A propensão
pode abalrroar a disposição e a compreensão. Mas, com isso, a pre-sença nunca é
“mera propensão” à qual, por vezes, se venha acrescentar outras atitudes de
dominação e condução. Enquanto modificação de todo ser-no-mundo, a pré-sença já sempre cura.
PROPENSÃO E TENDÊNCIA
“Embora na pura propensão a cura ainda não se tenha
livrado, ela torna ontologicamente possível, a partir dela mesma, o ser
propenso da pre-sença. Na tendência, porém, a cura está sempre comprometida.
Tendência e propensão são possibilidades que possuem suas raízes no
estar-lançado da pre-sença. Não se pode negar a propensão “para viver”, nem
tampouco estirpar a tendência de se “deixar viver” pelo mundo. Ambas, porém, apenas se dão porque se
fundam ontologicamente na cura e se modificam através dela como modo
ôntico-existencário próprio.”
P. 259-261, Ser e tempo. 2.e. Vozes,
1988.
A CURA COMO QUESTÃO E PENHOR
“Como a palavra querer também as palavras
questionar, questão e questionamento vêm do latim quaerere. Quaerere significa:
empenhar-se na busca e pro-cura do que não se tem por já se ter e para se vir a
ter. Não se trata de uma entre muitas outras questões. No empenho de viver,
vive-se a primeira de todas as questões. Mas primeira não decerto no
sentido cronológico. Para nós, filhos da razão e da consciência, o caminho mais
longo e penoso é aquele que nos conduz para nós mesmos, para o que nos é mais
próximo. Tão próximo que até o somos. É por isso que em nossa caminhada de
existência queremos muita coisa, questionamos sempre, pro-curamos em tudo
vestígio, sem no entanto nos depararmos como o penhor de nossos empenhos e
desempenhos, antes de nos darmos conta da primeira de todas as questões. É que
desde sempre já somos sua propriedade. Só de vez em quando lhe pressentimos a
força misteriosa, sem sabermos ao certo o que nos acontece. Num grande desespero,
quando todo peso parece desaparecer da vida e se obscurece qualquer sentido,
aparece a questão. Talvez apenas insinuada numa vibração tênue
que bruxuleia na confusão e de novo se esboroa. Numa grande esperança do
coração, quando tudo se transfigura e nos parece rodear pela primeira vez, como
se fosse mais fácil perceber-lhe a ausência do que a presença. Numa fossa da
vida, quando distamos igualmente da esperança e do desespero e a banalidade de
todo dia estende um vazio onde se nos afigura indiferente se há ou não empenho.
Ressoa novamente a questão: a existência se dá sempre como o penhor de todo
empenho e desempenho.”
Emmanuel Carneiro Leão. Aprendendo a pensar I.
Petrópolis, Vozes, 1976, p. 44.
TRAVESSIA POÉTICA: A CURA COMO QUESTÃO
No empenho e desempenho de todos os nossos empenhos
em vista do penhor consiste a paidéia poética. O POÉTICO É A QUESTÃO COMO CURA.
Questão não é uma questão de simples querer ou desejar. Somos e nos movemos nas
questões. A Cura é a questão das questões.
Um outro
autor conhecido trata do Mito CURA / cuidado.
É Leonardo Boff no livro: Saber cuidar – ética do humano – compaixão pela
terra. 8.e. Petrópolis, Vozes, 2002.
A leitura do livro é muito interessante e
proveitosa, mas o autor não radicaliza a questão da CURA no mito. O seu
entendimento de mito é cheio de preconceitos inaceitáveis. É um livro redigido
numa linguagem simples, direta e de grande atualidade, mas não toma as questões
pela raiz e aí perde densidade em vista da comunicação. Uma pena. Ele cita a
interpretação de Martin Heidegger em Ser e tempo, chamando-o o filósofo
do cuidado. No entanto, a questão para Boff fica ainda no plano e no horizonte
do humano, não se abrindo para a questão do cuidado, sentido e verdade do Ser.
A falsa oposição Céu / Terra facilita a fácil solução de um “mundo espiritual” por oposição ao terreno. Com
isso deixa de radicalizar em termos éticos, porque faz do humano o fundamento
do ético. Em nenhum momento se coloca a questão da linguagem pela qual o homem
é e, sendo, é ético. O ético é o homem se dimensionando pela linguagem enquanto
é sentido e é verdade. O ser implica o sentido do agir e do poético. O poético
é a CURA enquanto ético. Mas o ético só é ético enquanto CURA poética.
2004 © by manuel antônio de
castro
http://acd.ufrj.br/~travessiapoetic/filosoficos/omitocura.htm
18.05.2011
quinta-feira, 7 de março de 2013
quarta-feira, 6 de março de 2013
segunda-feira, 4 de março de 2013
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